Anjo sem asas


Pois é, meu anjo veio sem asas, deve tê-las perdido quando caiu do céu. Sua queda deve ter sido dolorosa, porém leve e bela, como seu sorriso. Ele deve ter passado dias vagando perdido, sozinho e encantado.

Conhecê-lo foi uma surpresa doce e delicada. Antes dele confesso que me senti perdida, assustada... Triste. Mas o brilho de seus olhos me mostrou um horizonte novo, diferente de tudo que eu conhecia. Cada uma de suas palavras tinha a suavidade de uma brisa leve e seu sorriso me transmitia uma sensação de alegria impossível de resistir, e em resposta eu apenas podia sorrir.

           Sorrisos, palavras e carinho. Foi apenas isso. Seus braços me acalentam e me trazem a paz de que eu preciso. Seu toque leve, suave e delicado fazia com que eu esquecesse a dor.

            Sim, eu guardo meu anjo sem asas como quem pretende preservar algo, mantê-lo para sempre.

Ao seu lado posso olhar o céu e imaginar o que está por vir (o que o destino, o tempo, ou seja, lá como você o chame) prepara para nós. E quando não estou ao seu lado posso fechar os olhos e imaginá-lo perto de mim, posso tê-lo em meus sonhos.

         Mesmo sem suas asas ele ainda pode voar, não pelo céu (isso seria comum demais) mais sim por dentro de sonhos. Foi com ele que aprendi a voar e é com ele que quero permanecer nesse constante voo.

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